domingo, 20 de dezembro de 2009

Inclusão de surdos...

A inclusão dos surdos não tem como partir deles e sim dos outros, ou seja, uma pessoa surda não conseguirá falar a nossa língua, mas nós conseguiremos falar a língua deles. Isto é inclusão. Isto é pensar no próximo, mesmo que com os estudos que realizamos ficou nítido que um ouvinte nunca terá a habilidade de se comunicar em LIBRAS como um surdo, mas não se busca a perfeição neste sentido e sim o elo para ligar, para abrir caminho para a comunicação, o entendimento de um e de outro.
"A gaivota cresceu e voa com suas próprias asas. Olho do mesmo modo como que poderia escutar. Meus olhos são meus ouvidos. Escrevo do mesmo modo que me exprimo por sinais. Minhas mãos são bilíngües. Ofereço-lhes minha diferença. Meu coração não é surdo a nada neste duplo mundo..."
O vôo da gaivota Emmanuelle Laborrit

Importância do zero aos quatro...

Lendo um artigo que saiu na Zero Hora da última sexta-feira (18/12) sobre a Educação na Infância reafirmei a minha opinião sobre importância da Educação Infantil. Este tema foi discutido em um seminário promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro por especialistas do mundo inteiro, e chegou-se a conclusão de que o período do 0 aos 4 anos é fundamental para o desenvolvimento da criança. “... o que acontece com as crianças dos zero aos quatro anos é tão importante que, para o pesquisador, deveria estar no foco das políticas públicas voltadas à educação – muito mais inclusive, do que à alfabetização de adultos: -Não é que não se aprenda mais nada depois, mas nessa fase existem condições biológicas que devem ser exploradas para que a criança atinja um desenvolvimento pleno. Se isso não acontece, fica mais difícil depois.”
De certa forma eles têm razão, pois se aplicássemos mais esforços na E. Infantil, não haveria EJA mais tarde. Não estou deixando de pensar nos objetivos da educação de jovens e adultos, nem tirando o seu valor e muito menos falo com falta de conhecimento sobre os motivos que fazem a EJA existir, como falta de condições principalmente socioeconômicas, não é isso. Mas se olharmos para dentro das creches naqueles bairros mais pobres e compararmos uma criança que frequenta a escola e outra que não? A que conclusão chegaríamos? Elas teriam e têm as mesmas condições de desenvolver-se física e mentalmente? Penso que não e aqui é que a escola se torna fundamental, não estamos ali “só” para cuidar, como muitos pensam e sim para oferecer o mínimo de estímulo para crianças que às vezes não têm nada.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Projetos...

Respondendo a provocação da Sibicca, sobre "o que é muito além do que eu imaginava trabalhar com projetos"... compreendi que o trabalho com projetos é muito mais complexo do que eu imaginava, demanda pesquisas, envolvimento e grande conhecimento da realidade em que o aluno está inserido, que não é apenas uma escolha aleatória de um tema e seguir de modo individual naquela idéia, mas sim é interação, diálogo e cooperação de todas as partes envolvidas.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Preferência...

Respondendo ao questionamento da Sibicca, sobre com qual dos autores me identifico mais se com Freinet ou Montessori, fico com Freinet. Pois ele tinha uma visão muito real da importância do trabalho em grupo, e de estratégias para fugir da rotina. Toda vez que penso no meu planejamento, penso em movimento, em saídas para observar algo ou até mesmo buscar informações fora da sala. Afinal este tipo de atividade capta a atenção do aluno e faz com que ele se tornem mais participativos e interessados nas questões abordadas. E assim como ele, que inventou tudo que é objeto por falta de recursos, eu também me desdobro para conseguir materiais e muitas coisas utilizamos sucatas, é claro que não se compara às invenções dele, mas lembra o seu espírito.
Também não posso negar que esta posição da Montessori de que a criança precisa de liberdade para aprender não feche com o meu pensamento, pois o que mais gosto de presenciar é como os alunos se organizam e aproveitam os espaços da escola, nada de sentar a manhã inteira sem poder sair do lugar! Afinal movimento também é expressão.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Menino Selvagem

O filme O Menino Selvagem, mostrou com riqueza de detalhes o quanto uma pessoa interessada em ajudar pode fazer a diferença e olhando por este lado, é impressionante a perseverança do doutor Itard em ajudar Victor, o menino que foi encontrado na floresta, que cresceu no meio de animais, longe do contato com humanos e por isso sem nenhum meio de saber como portar-se ou mesmo sem saber se expressar, da forma como nós "civilizados" entenderíamos. Cabe aqui uma comparação com aquelas situações com as quais nos deparamos ao longo da vida escolar, que recebemos alunos muitas vezes não tão "civilizados" para os nossos padrões, mas que sabemos que foram criados de uma forma rude e muitas vezes sem o mínimo de cuidados. Este aluno chega na maioria das vezes agressivo e sem paciência, pois não sabe se expressar de outra forma e cabe a nós professores, o dever de ter esperança, de não desistir e festejar cada pequeno avanço no sentido de progresso.
Pode parecer um exagero fazer esta comparação, mas às vezes o exagero do descuido e a irresponsabilidade de alguns pais, faz-se presente nas escolas.

Freinet e Montessori

Hoje realizando as leituras sugeridas da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, pude compreender um pouco mais as idéias de Célestin Freinet e Maria Montessori. Cada um teve a sua importância, assim como cada um pensava no desenvolvimento cognitivo do aluno de forma diferente, ou seja, enquanto Freinet trabalhava com seus alunos de forma espontânea e em grupo, pensando ser este o melhor caminho para a aprendizagem, Montessori preferia o trabalho individual ou em pequenos grupos, acreditando que cada criança carrega em si a capacidade de aprender sozinha, desde que estimulada a isto.
Não posso deixar de mencionar que os dois tiveram uma grande importância em termos de modificar a educação, mais precisamente as aulas. Enquanto Freinet foi o responsável por criar várias coisas que utilizamos em nossas aulas como os cantinhos, tão necessários na educação infantil, os textos livres, a correspondência, entre outros, Montessori foi responsável pela criação da mobília adaptada para os pequenos e principalmente pela criação do material dourado, tão explorado nas séries iniciais e pela luta da idéia de liberdade nas salas de aula.
Enfim, ler sobre suas lutas e criações, foi inspirador e gratificante, por saber que realizo em sala, pelo menos um pouco do que estes pensadores idealizaram.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Questionamento respondido...

Hoje mesmo enquanto minha mente estava tomada por pensamentos sobre projetos e relacionando-os à minha prática, fiquei me perguntando: "- Se uma escola não trabalha com projetos (pois desde que leciono é com projetos que trabalho), com o quê que ela trabalha? E fiquei feliz ao ler o texto citado na postagem anterior, e descobrir que se não é por projetos é por centros de interesses. E observando as diferenças imensas entre os elementos de um e de outro, constatei que quando eu cursava o ensino fundamental, era por centro de interesse e fiquei imaginando como seria diferente se fosse por projetos, se ao invés de só sentar e praticamente só escutar os conteúdos, eu pudesse ser co-partícipe do meu próprio aprendizado.

Dando continuidade...

Depois de ler o texto sobre Centro de Interesse e postar algumas reflexões sobre o assunto, comecei a ler o texto seguinte, indicado pela interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação com o nome "Os Projetos de Trabalho: Uma Forma de Organizar os Conhecimentos Escolares" percebi que as formas de trabalhar por centro de interesse e por projetos são muito diferentes. Trabalhando com projetos o aluno fica consciente e também responsável pela sua aprendizagem, pois além de indicar caminhos para o prosseguimento do mesmo, ainda vai contribuir com diversas informações trazidas não só da própria escola (como aconteceria no centro de interesse), mas também trará coisas de fora, da sua realidade. Permitindo assim a troca de informações, e em grupos ter a possibilidade de fazer as ligações e conecções de conhecimentos.
É um trabalho totalmente diferente e muito mais consistente para o aluno.

Pensamento...

"O sentido do trabalho por projeto vai muito além do que eu imaginava."
Michelle Bremm, aluna de pedagogia, iniciando a compreensão do que é verdadeiramente trabalhar com projetos.

domingo, 25 de outubro de 2009

O objetivo por trás das ações...

Penso que quando a autora Iole Maria Faviero Trindade, no texto “Não há como alfabetizar sem método?” toma emprestado a fala de (VEIGA-NETO 2003, p 20) que diz: “...algo que funciona sempre como uma vigilância epistemológica que tem, no fundo uma teorização subjacente.” referindo-se ao uso de métodos, quer comprovar de certa forma, que as nossas práticas diárias sempre têm por trás, um objetivo, um porque. Nas mais simples atividades realizadas com meus alunos de Maternal 3, eu penso: “se propor este tipo de atividade, sei que estarei desenvolvendo certa habilidade no meu aluno” da mesma forma encaixa-se este pensamento dos autores.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Narrativa Infantil

Com a atividade de linguagem sobre a narrativa infantil e considerando o texto deste módulo: Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009), consegui perceber que o processo cognitivo da criança é desenvolvido através da sua fala, enquanto mistura ficção, realidade e imaginação.
Muitas vezes quando me deparava com estas narrativas misturadas, pensava que a criança inventava para ter com o que participar da rodinha, por exemplo, não entendia que esta etapa é fundamental para as próximas fases.

Centros de Interesses

Continuando a reflexão sobre o texto citado na postagem anterior (Centros de Interesse: estratégia utiliza multidisciplinaridade para o desenvolvimento global.), mesmo que o trabalho com projeto seja diferente e mais atual do que os Centros de Interesses, formados por Decroly eles tem várias semelhanças, como por exemplo, a fase de observação direta que é pesquisar e tomar conhecimento do meio onde nosso aluno vive. Ou então a fase da associação onde o aluno associa os diversos conhecimentos que já possui sobre determinado assunto. E finalmente a fase da expressão, onde vamos literalmente expressando de várias formas o que vamos aprendendo. Podemos acrescentar também os objetivos e o planejamento.
Penso que a diferença principal era que os Centros de Interesses foram criados ou idealizados para atender turmas multiseriadas, mas a sua essência usamos até os dias de hoje em cada projeto que planejamos.

Ação - Reflexão - Ação

No texto de Nora Cecília Bocaccio Cinel . Centros de Interesse: estratégia utiliza multidisciplinaridade para o desenvolvimento global. Publicado na Revista do Professor, Porto Alegre, n. 78, ano 20, p. 32-36, abr./jun. 2004, encontrei um trecho que diz o seguinte:
“É na ação-reflexão-ação diária do professor que se poderá chegar à superação dos problemas que surgem nas salas de aula, numa verdadeira aproximação entre o discurso e a realidade.”

Ali, ela fala da importância de não desconsiderar os estudiosos e pesquisadores que já fizeram um amplo trabalho de pesquisa acerca da educação, pois por mais que sejam antigos ou não, cada um na sua época percebia a educação de uma certa forma, incluindo aqui o próprio caminhar da sociedade no momento. E mesmo assim, hoje lendo o material sobre os centros de interesse de Ovide Decroly percebo que ele, assim como nós buscava uma educação de qualidade e de significados e não apenas “cartilhados”.
E retornando novamente á frase, ela é uma verdade, pois aqui no Pead estamos constantemente pondo à prova o que sabíamos e aprendendo o que não sabíamos e sempre com a ajuda de alguém que muito já estudou para que agora nós pudéssemos refletir sobre tudo isto.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Com a pulga atrás da orelha...

No texto: “Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009). In: Revista Nova Escola. Agosto 2009.” encontrei esta frase que me chamou a atenção:
"O pensar não se estrutura internamente, mas no momento da fala", explica Maria Virgínia Gastaldi, formadora de professores do Instituto Avisa Lá, de São Paulo. "A narrativa (primeira estrutura da oralidade com que a criança tem contato em seu cotidiano) é, portanto, o que modela e estimula a atividade mental."
Se for desta forma para todos, como é que uma criança que nasce surda estimula a sua atividade mental? É claro que esta criança vai encontrar algum outro modo de estimular, mas como? Como no próprio texto explica que a oralidade é fundamental e até mesmo quando são bebês, a criança vai guardando cada estímulo, cada visão para utilizar na fala mais tarde. E então de que forma podemos estimular uma criança surda para que ela consiga transpor esta fase, ou mesmo superá-la para que ela não saia prejudicada?
Esta é uma questão que terei que descobrir.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Surdos...


Foi uma grande descoberta para mim, saber que os surdos, não devem ser considerados como deficientes físicos (auditivos) como eu pensava e sim como uma cultura diferente.

Pela falta de conhecimento até hoje pensava desta forma, mas consegui ver além, entender que uma cultura diferente são modos diferentes de ver e sentir o mundo de forma diferente. E que a cultura surda está inserida e espalhada pelo mundo em comunidades surdas, que são organizações formadas por ouvintes também, que tem as mesmas metas e objetivos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Alfabetização...

Depois de ler o texto "Leitura, Escrita e Oralidade Como Artefatos Culturais" consegui compreender ainda que por alto, um pouco da trajetória da alfabetização. Ou seja, primeiro a leitura vinha em primeiro plano (silenciosa e explicada), depois passou-se a adotar a leitura oral e expressiva, a seguir a alfabetização começa a ter um valor maior e um período para que ela aconteça na escola dando assim início à escrita precoce.
Por fim aparece um novo conceito - o letramento - que é saber fazer uso da escrita e da leitura na sociedade.
Como eu não trabalho com o Ensino Fundamental, não sei quais métodos ou linhas as escolas seguem ao alfabetizar, mas tenho certeza que as idéias que a autora deste texto nos traz (como trabalhar os diversos tipos de linguagem, por exemplo) se seguidas, obterão êxito e proporcionarão um melhor aprendizado.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Considerações sobre o Pead...

Cada vez que temos um novo trabalho para fazer, procuro sempre procurar outras fontes na internet, porque ás vezes isto facilita a compreensão de determinado assunto. Bom, isto me leva à questão pela qual iniciei esta postagem, ou seja, quanto mais leio artigos, visito site relacionados à educação, mas acho falas sobre a importância de trabalhar este ou aquele tema com os professores, então mais uma vez pude entender que todos os conteúdos estudados por nós, alunos do Pead, são considerados visando ampliar nossa visão e nossa mente para conhecer o que é preciso conhecer para entender nossos alunos e principalmente para melhorar a qualidade da educação de nosso país.

domingo, 7 de junho de 2009

Ainda aprendendo sobre PA...

O PA está se tornando cada vez mais complexo, o que parecia resolvido e entendido para mim no último semestre, está se mostrando mais intenso e mais complicado neste, ou seja, enquanto estamos discutindo o primeiro mapa conceitual, já nos sentindo de certa forma seguras, vêm as professoras e nos jogam num turbilhão de perguntas, que geraram mais dúvidas, mas dúvidas que nos levaram a compreender melhor o papel do mapa, que é como se fosse uma fotografia da nossa mente, são as relações entre os conceitos, ou seja, entre as coisas (certezas) que sabemos/temos.

Aprendizagem...

Como a Sibicca colocou no último comentário, somos todos diferentes na subjetividade, ou melhor, na sua construção. E refletindo sobre esta questão, um ítem que cabe aqui é a aprendizagem, pois ela se dá de formas diferentes e em tempos diferentes de pessoa para pessoa, como pudemos constatar estudando os tipos de estágios de Jean Piaget.
E concordo também que somos iguais em termos de direitos, deveres, obrigações, e isto encaixa-se inclusive na educação.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Somos todos iguais?

Durante o Fórum que citei na postagem anterior, também fiz nova descoberta. Pode até parecer errado, mas certamente eu sempre afirmei que éramos todos iguais, independente de raça, deficiência, religião, etc. E pensando agora, este conceito em mim, nasceu desde quando minha mãe me ensinou assim (e isto ficou enraizado pois com seus ensinamentos ela queria que eu aprendesse que ninguém é melhor do que ninguém), mas agora me dou conta de que há o outro lado, ou seja, somos todos DIFERENTES e não iguais, coloca-se um surdo ao lado do outro e eles pensarão de forma diferente, assim como aqueles que não têm deficiência alguma, então para quê generalizar?
Percebi que antes de ser uma pessoa com deficiência ou não, sou uma pessoa e como tal, única.

Educação Inclusiva

Participando da 74° Plenária Fórum Estadual de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades no RS, aprendi que o objetivo deste fórum permanente é formar uma rede de trocas de informações e experiências entre municípios.
Consegui visualizar que as necessidades dos diversos municípios participantes (Sapiranga, Campo Bom, Parobé, Araricá, Taquara, Riozinho, entre outros) são muito parecidas. Pois todos buscam a capacitação de seus professores, procuram por políticas que ajudem na acessibilidade e acreditam não só em uma escola inclusiva, mas em um mundo inclusivo, onde todos tenham acesso tanto aos locais quanto à informação.
Aprende-se muito mais ao ver e participar de debates onde são discutidas questões fundamentais de inclusão para o nosso trabalho como professor do que somente ficar na leitura.
Abre-se então um leque de possibilidades, tanto na aprendizagem das leis quanto aos movimentos e trabalhos que são realizados com pessoas com necessidades especiais.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Respondendo ao comentário da Sibicca

Depois de estudar e conhecer mais a fundo sobre os conceitos Piagetianos e de aplicar duas vezes o método clínico, consegui entender melhor o modo de pensar dos meus alunos. Como tenho uma turma de Maternal 3 (3 e 4 anos) pela primeira vez, estou buscando materiais para esta faixa-etária desde o início do ano e este assunto veio à calhar, pois é necessário que se conheça o aluno, desta forma descobrir que eles estão no estádio sensório-motor e conhecer as características facilitou bastante. Proporcionando uma melhor qualidade em meu trabalho.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Conceitos...

Penso ser importante citar alguns conceitos que foram criados por Piaget para explicar o constante processo de desenvolvimento cognitivo dos sujeitos para deixar claro que esta nova aprendizagem trouxe grande significado para mim, pois anteriormente já havia feito postagens que se relacionavam a este tema, mas não tinha entendido tão bem quanto agora:
Adaptação: Defini-se como a conservação, pela sobrevivência, isto é, equilibrio entre organismo e o meio;
Assimilação: Incorporação pela modificação do meio, pode ser de forma física ou psíquica;
Acomodação: Modificação do organismo em decorrência da assimilação;
Esquemas: Pré-formas de ação, ou seja, recursos que usamos e costuma repetir-se ´té que seja necessário adaptar-se a novas situações e começar toda esta construção novamente, só que de forma mais refinada.
Agora entra a Equilibração, ou seja, este processo permite fazer o equilíbrio entre os velhos esquemas e os que estão se formando. E desta forma os estádios vão avançando um a um, sempre se concretizando sobre o anterior.

Método Clínico

Pude constatar algumas coisas através da utilização do método clínico de Jean Piaget, que consiste não só basicamente em descobrir em que fase do desenvolvimento cognitivo o aluno se encontra, mas sim em descobrir como ele organiza seus pensamentos e como sente as coisas a sua volta. O método não é apenas uma entrevista e sim uma investigação do sujeito através da interação.
O que surpreendeu durante o teste, que foi realizado com duas crianças separadamente, foi a constatação de que mesmo as duas tendo a mesma idade (6 anos) elas encontram-se em diferentes estádios. Uma no pré-operatório pois demonstrou usar a inteligência e o pensamento para responder e representar a realidade mas como é próprio deste estádio o pensamento é estático e rígido não conseguindo compreender a situação como um todo. E a outra demonstrou estar no operatório concreto, pois conseguiu ver a totalidade sob diversos ângulos.
Como o próprio Piaget se questionava no início de suas pesquisas, assim ficamos nós, eu e minha colega, admiradas em como cada ser é único e independente da idade, seus pensamentos se formam de maneiras variadas.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mosaico...


Realizei a atividade com a minha turma de maternal 3 (3 e 4 anos). Enviei um bilhete aos pais explicando que o Dia do Índio estava se aproximando e que com isso estaremos entrando num novo projeto chamado “Conhecendo minhas origens!”, pois na nossa turma há diversas etnias diferentes. Por isso todos são convidados a contribuir com algum objeto, reportagem, recortes de jornais ou revistas que mostrem um detalhe de sua descendência.
Além disso, fiz uma campanha boca a boca com os pais, demonstrando a importância dos objetos para o bom andamento da atividade.
Aconteceram fatos importantes nos diálogos, como por exemplo, uma mãe disse que sua mãe nunca se preocupou em responder estas questões quando era questionada na escola, mas uma tia explicou-lhe que tinham descendência indígena.
Outra mãe mandou um rosário, pois são de descendência italiana e ela lembrou que o Papa mora lá, então achou que era um bom exemplo.
E ainda outra mãe mandou uma batata doce, pois seus pais e avós são alemães.
Os alunos embora pequenos aproveitaram e participaram ativamente da atividade, montando no centro do tapete da sala todos os objetos que foram trazidos e faziam comentários sobre as histórias que os pais lhes contaram em casa.
Embora eu tenha lembrado aos pais sobre o “tema de casa” várias vezes, não foram muitos que contribuíram, mas valeu bastante à pena. Foi uma experiência incrível que com certeza repetiremos, mas é claro que de forma diferente.
E ao lado está nosso mosaico que depois foi montado em uma mesa no saguão da escola.

Respondendo o questionamento da Simone...

Penso que conhecendo a história dos nossos alunos, conseguimos conhecer e entendê-los melhor. Desta forma, podemos entender que pontos merecem ser destacados em aula, como por exemplo o racismo (se há em sala) e descobrir juntos qual é a sua origem e trazer os aspectos negativos desta atitude.
Também possibilita que uns conheçam os outros, entendendo que a diversidade existe em todos os cantos, principalmente entre os colegas e esta é uma maneira de desenvolver o respeito.
Esta troca é importantíssima para a aprendizagem dos alunos, tanto na área educacional como na pessoal.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Origens...

De todos os trabalhos que realizei com meus alunos, nenhum deles foi e está sendo tão gratificante e interessante quanto este para desvendar a ancestralidade de meus alunos. Já havia feito trabalhos com a família, procurando descobrir curiosidades, profissões, etc. Mas nenhuma que incluísse a procura pelos ancestrais, as origens de cada um, as misturas que foram sendo feitas de raças e etnias para que resultasse em cada um.
Com esta atividade do mosaico da interdisciplina Questões Étnicos-Raciais, iniciei um projeto com meus alunos de Maternal 3 (3 e 4 anos) chamado "Descobrindo a minha origem!" e já na primeira semana vieram informações valiosas sobre as famílias. Pude montar o mosaico com a ajuda dos alunos que se interessaram pela atividade, apesar de não ter muito material, penso que o que veio até agora, foi trazido com interesse e cooperação dos pais.
Por isso me convenso cada vez mais da importância de sabermos de onde exatamente viemos e quais as influências familiares que carregamos.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Diversidade...

Estamos trabalhando sobre a diversidade, as diferenças e semelhanças entre os povos, a mistura deles e o resultado que somos nós.
Por isso é importante descobrir de onde viemos e de onde vieram nossos alunos, pois assim conseguimos entender um pouco mais profundamente a sua história, enriquecendo nosso trabalho.

domingo, 5 de abril de 2009

Desnvolvimento do sujeito...

O desenvolvimento é uma rede sendo criada, que para ir construindo-a precisa que seus nós anteriores estejam firmes, ou seja, as estruturas cognitivas que temos em uma determinada idade, servirá de base para a idade seguinte.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Inclusão!

Desde que participei do fórum da interdisciplina, fiquei me questionando sobre o comentário feito por uma colega, sobre ter incluso nos projetos pedagógicos de aula algo diferente, diretamente ligado aos alunos de inclusão, então me dei conta de que quando tive inclusões na minha sala, não planejava coisas diferentes e sim ía acompanhando o desenvolvimento dos alunos, respeitando suas limitações, seu tempo, mas nunca me ocorreu que deveria ter um planejamento específico.
Atribuo isto, à falta de experiência e de preparo. Portanto é hora de começar a compreender o que, como professora, devo fazer para acertar da próxima vez.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Reflexão sobre o semestre anterior...

O maior aprendizado que obtive no semestre anterior foi o relacionado ao PA. Uma vez que eu já trabalhava com projetos em sala ficou mais fácil de seguir os passos e organizar o trabalho. Mas também ressalto o ponto tecnológico, que proporcionou maior abrangência nas pesquisas que foram necessárias e na própria confecção dele.
Minhas expectativas quanto a este semestre que se inicia, são as melhores, visto que os aprendizados são cada vez mais intensos e importantes, percebo que através de caa atividade, evoluo e cresce, tanto profissionalmente quanto pessoalmente.