domingo, 20 de dezembro de 2009

Inclusão de surdos...

A inclusão dos surdos não tem como partir deles e sim dos outros, ou seja, uma pessoa surda não conseguirá falar a nossa língua, mas nós conseguiremos falar a língua deles. Isto é inclusão. Isto é pensar no próximo, mesmo que com os estudos que realizamos ficou nítido que um ouvinte nunca terá a habilidade de se comunicar em LIBRAS como um surdo, mas não se busca a perfeição neste sentido e sim o elo para ligar, para abrir caminho para a comunicação, o entendimento de um e de outro.
"A gaivota cresceu e voa com suas próprias asas. Olho do mesmo modo como que poderia escutar. Meus olhos são meus ouvidos. Escrevo do mesmo modo que me exprimo por sinais. Minhas mãos são bilíngües. Ofereço-lhes minha diferença. Meu coração não é surdo a nada neste duplo mundo..."
O vôo da gaivota Emmanuelle Laborrit

Importância do zero aos quatro...

Lendo um artigo que saiu na Zero Hora da última sexta-feira (18/12) sobre a Educação na Infância reafirmei a minha opinião sobre importância da Educação Infantil. Este tema foi discutido em um seminário promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro por especialistas do mundo inteiro, e chegou-se a conclusão de que o período do 0 aos 4 anos é fundamental para o desenvolvimento da criança. “... o que acontece com as crianças dos zero aos quatro anos é tão importante que, para o pesquisador, deveria estar no foco das políticas públicas voltadas à educação – muito mais inclusive, do que à alfabetização de adultos: -Não é que não se aprenda mais nada depois, mas nessa fase existem condições biológicas que devem ser exploradas para que a criança atinja um desenvolvimento pleno. Se isso não acontece, fica mais difícil depois.”
De certa forma eles têm razão, pois se aplicássemos mais esforços na E. Infantil, não haveria EJA mais tarde. Não estou deixando de pensar nos objetivos da educação de jovens e adultos, nem tirando o seu valor e muito menos falo com falta de conhecimento sobre os motivos que fazem a EJA existir, como falta de condições principalmente socioeconômicas, não é isso. Mas se olharmos para dentro das creches naqueles bairros mais pobres e compararmos uma criança que frequenta a escola e outra que não? A que conclusão chegaríamos? Elas teriam e têm as mesmas condições de desenvolver-se física e mentalmente? Penso que não e aqui é que a escola se torna fundamental, não estamos ali “só” para cuidar, como muitos pensam e sim para oferecer o mínimo de estímulo para crianças que às vezes não têm nada.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Projetos...

Respondendo a provocação da Sibicca, sobre "o que é muito além do que eu imaginava trabalhar com projetos"... compreendi que o trabalho com projetos é muito mais complexo do que eu imaginava, demanda pesquisas, envolvimento e grande conhecimento da realidade em que o aluno está inserido, que não é apenas uma escolha aleatória de um tema e seguir de modo individual naquela idéia, mas sim é interação, diálogo e cooperação de todas as partes envolvidas.