segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Preferência...

Respondendo ao questionamento da Sibicca, sobre com qual dos autores me identifico mais se com Freinet ou Montessori, fico com Freinet. Pois ele tinha uma visão muito real da importância do trabalho em grupo, e de estratégias para fugir da rotina. Toda vez que penso no meu planejamento, penso em movimento, em saídas para observar algo ou até mesmo buscar informações fora da sala. Afinal este tipo de atividade capta a atenção do aluno e faz com que ele se tornem mais participativos e interessados nas questões abordadas. E assim como ele, que inventou tudo que é objeto por falta de recursos, eu também me desdobro para conseguir materiais e muitas coisas utilizamos sucatas, é claro que não se compara às invenções dele, mas lembra o seu espírito.
Também não posso negar que esta posição da Montessori de que a criança precisa de liberdade para aprender não feche com o meu pensamento, pois o que mais gosto de presenciar é como os alunos se organizam e aproveitam os espaços da escola, nada de sentar a manhã inteira sem poder sair do lugar! Afinal movimento também é expressão.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Menino Selvagem

O filme O Menino Selvagem, mostrou com riqueza de detalhes o quanto uma pessoa interessada em ajudar pode fazer a diferença e olhando por este lado, é impressionante a perseverança do doutor Itard em ajudar Victor, o menino que foi encontrado na floresta, que cresceu no meio de animais, longe do contato com humanos e por isso sem nenhum meio de saber como portar-se ou mesmo sem saber se expressar, da forma como nós "civilizados" entenderíamos. Cabe aqui uma comparação com aquelas situações com as quais nos deparamos ao longo da vida escolar, que recebemos alunos muitas vezes não tão "civilizados" para os nossos padrões, mas que sabemos que foram criados de uma forma rude e muitas vezes sem o mínimo de cuidados. Este aluno chega na maioria das vezes agressivo e sem paciência, pois não sabe se expressar de outra forma e cabe a nós professores, o dever de ter esperança, de não desistir e festejar cada pequeno avanço no sentido de progresso.
Pode parecer um exagero fazer esta comparação, mas às vezes o exagero do descuido e a irresponsabilidade de alguns pais, faz-se presente nas escolas.

Freinet e Montessori

Hoje realizando as leituras sugeridas da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, pude compreender um pouco mais as idéias de Célestin Freinet e Maria Montessori. Cada um teve a sua importância, assim como cada um pensava no desenvolvimento cognitivo do aluno de forma diferente, ou seja, enquanto Freinet trabalhava com seus alunos de forma espontânea e em grupo, pensando ser este o melhor caminho para a aprendizagem, Montessori preferia o trabalho individual ou em pequenos grupos, acreditando que cada criança carrega em si a capacidade de aprender sozinha, desde que estimulada a isto.
Não posso deixar de mencionar que os dois tiveram uma grande importância em termos de modificar a educação, mais precisamente as aulas. Enquanto Freinet foi o responsável por criar várias coisas que utilizamos em nossas aulas como os cantinhos, tão necessários na educação infantil, os textos livres, a correspondência, entre outros, Montessori foi responsável pela criação da mobília adaptada para os pequenos e principalmente pela criação do material dourado, tão explorado nas séries iniciais e pela luta da idéia de liberdade nas salas de aula.
Enfim, ler sobre suas lutas e criações, foi inspirador e gratificante, por saber que realizo em sala, pelo menos um pouco do que estes pensadores idealizaram.